Eu tenho uma indiferença gritante por tudo que tu é agora. Talvez não exatamente indiferença, porque isso significaria que eu não sinto nada e as vezes bate repulsa o que ainda é um sentimento válido sobre de você. Mas continua sendo indiferente no sentido de que não interfere mais em nada na minha vida.

A questão é, eu sinto ódio por tudo o que você já representou pra mim. E daí não é um sentimento sobre quem você é, e sim sobre quem e o que você foi.

Eu jurava que nunca ia me apaixonar perdidamente por alguém e que nunca ia sentir as coisas da forma como eu senti. Mas das piores formas possíveis tu foi o amor da minha vida e eu não consigo fugir disso. Dizem que os amores são mais fortes e arrebatadores quando somos jovens, porque sentimos ao extremo e damos um valor exacerbado pra coisas que não deveriam ser tão relevantes assim. Talvez seja um fato consumado.

E é por isso que eu odeio tudo aquilo que você deixou de bom por aqui. Independente de ser uma desgraçada tu ainda continua sendo a minha referência de amor e de dias bons. Isso não é ridículo?

Lembro que uma vez, numa conversa qualquer depois de já ter terminado, tu disse que de certa forma era péssimo ter estado comigo porque nunca mais seria assim com outra pessoa. Eu espero que você se foda e que não seja mesmo porque é assim que eu me sinto agora e não acho que seja justo sentir isso sozinha. Seria uma puta sacanagem do universo.

Eu espero me apaixonar de novo um dia, mas eu sei que eu tô toda fragmentada e o pior que a culpa É TODA MINHA. Eu odeio ser otária e eu odeio todo o modo como tudo acontece. 

Reclamo aqui sobre como não vou sentir nada dessa forma por ninguém de novo ao mesmo tempo em que levanto ao meu redor uma barreira de mais ou menos 3km de espessura que não vai deixar ninguém se aproximar.

~Gabby L.R~